quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Medo!

Eu sinto uma enorme vontade de gritar, existe um nó na minha garganta que não quer explodir em lágrimas de jeito nenhum. Tenho também a sensação de bebida, tudo gira ao meu redor, tudo fica estranho e sem nitidez. Chão? Eu não sei mais o que é isso, não sinto nem meus pés.

É um pouco estranho demais, acordar e encarar a manhã ensolarada, e você não ter vontade de abrir a janela do quarto. Não ter vontade de se vestir e encarar a rotina normalmente. É como se as horas agora demorassem o triplo de tempo pra passar, é não suportar a claridade do dia, mas ter medo dos pensamentos que chegam junto com a noite.

Você vê, mas não enxerga, você escuta mas não presta atenção, você sente tudo mais intenso que antes, mas e as lágrimas? Engraçado, elas insistem em não cair, todos os seus amigos acham que você está encarando a situação friamente. Mas não é isso, a verdade é que você aprendeu a sofrer calada, aprendeu a chorar apenas por dentro, aprendeu a ser forte, ao saber que tem que deixar de amar alguém.

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